quinta-feira, março 22, 2007

O Gaixobêta

Bem sei que o nome é estranho, mas eu explico porquê:

O Gaixobêta era o engenhocas lá do Fujaco, essa bela povoação situada nos vales da Serra da Arada em S. Pedro do Sul, onde eu em petiz passava as minhas férias de Verão, conforme já referi em posts anteriores.

Desconheço qual o verdadeiro nome do Sr. Esta alcunha - Gaixobêta - estava relacionado com a forma como falava. Gaixobêta queria dizer "raios te sobertam". E ele dizia:

- Ai gais to xobêtam!!!

E a malta para abreviar, colocou-lhe o Gaixobêta.

Ora bem, eu apenas queria relatar aqui um episódio com este senhor como protagonista, no tempo em que o Fujaco era ainda mais bucólico que actualmente. Não havia electricidade, as estradas de acesso não passavam de meros caminhos de terra batida onde só passava um carro (era melhor um jipe), havia apenas um telefone na povoação e duas televisões alimentadas com baterias. Ainda me recordo de levar as garrafas de vinho e de sumo para a fonte afim de mergulhá-las para refrescar, já que a água da serra corria gelada por ali, mesmo nos dias mais quentes de Verão. Há noite, tinha os candeeiros a azeite e o Petromax para a hora do jantar pois sempre fornecia uma luz mais forte.

O meu pai entretanto enviou uma carta e fotografias do Fujaco para a RTP a alertar para esta situação. No ano seguinte iniciaram-se os trabalhos para a instalação da electricidade e o alargamento dos caminhos que anos depois originaram estradas devidamente alcatroadas. É aqui que se verifica o episódio que pretendo relatar.

O Gaixobêta, homem dos 7 ofícios, estava na altura a "encabeçar" a instalação da electricidade, mais precisamente, a trepar os postes para fazer a ligação dos fios.

Eu estava a chegar de Lisboa com os meus avós e os meus pais. O meu avô tratou logo de cumprimentá-lo:
- Eh lá Gaixobêta! Então como vais homem? Tu é que andas de volta dos postes?

E o Gaixobêta, cumprimentou o meu avô efusivamente, abrindo os braços:
- Eh Ti Bernardinooooooo - e como tinha aberto ambos os braços, estatelou-se no meio do chão.

Basicamente, partiu-se todo. Basicamente, comi nas trombas porque toda a gente estava aflita com o estado do senhor e eu não conseguia parar de rir e apontar p/desgraçado do homem. Minutos depois o Gaixobêta gemia com dores, e eu sorvia o ranho e limpava as lágrimas das duas cachaporras que levei no meio dos dentes.

Duas semanas depois o meu pai, que vinha no seu carocha, viu o Gaixobêta de braço ao peito e deu-lhe boleia. Além de ter pedido encarecidamente para sair da viatura após 10 minutos de viagem (terra batida, carocha, suspensão inexistente, homem todo partido), o Gaixobêta deslocou uma costela e teve de regressar ao Hospital de S. Pedro do Sul.

Maneiras que era isto que eu queria relatar acerca do Gaixobêta...

segunda-feira, março 12, 2007

David, o pequenitates



Quem não se recorda do fabuloso "David, o Gnomo"? Pois que eu já nem me lembrava do piqueno, não fosse ontem o meu rico marido chamar-me troll. Mas não um troll qualquer. Citando a minha cara metade:




- Pareces mesmo aquele Troll dos gnomos que cobiçava a árvore da vida!!!




Ou seja, ontem a minha aparência devia ser esta ...



Todavia, só tenho a agradecer-lhe o facto de recordar-me tais desenhos, até porque tirando o horrendo troll, os gnomos eram bem fofos e davam beijinhos à esquimó (que é o que o meu marido irá levar doravante por ter atirado semelhante comentário). Recordo-me de como achava graça às suas casinhas dentro das árvores, mobiladas em estilo rústico e sempre muito asseadinhas :P

sexta-feira, março 02, 2007

E agora algo completamente nojento

Na escola primária, descobrimos que esfregar uma caneta nas calças ou noutra peça de roupa, com vigor extremo, após ter cuspido para a mesma (a caneta), tinha como resultado um fedor horrível!! E também dava para "agarrar" pontinhas de papel...foi nessa altura que me dei conta da electricidade estática :P
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