terça-feira, maio 30, 2006

Canções p/cotovelos

"Na minha idade os rapazes e as raparigas
já sabem tão bem
o que é viver a emoção de um amor
e como é tão bom gostar de alguém
E de olhos nos olhos
e de mãooo na mããõooo
Eles lá vão, pela rua
ao som de uma cançã-a-ão
E só eu, estou tão só
sem ninguém, ao meu lado
E só eu, estou tão só
sem ter um namorado

Quer de noite ou de di-i-a
A minh'alma não ri
Não conhece a alegri-i-a
ninguém me diz baixinho
GOSTO DE TI-I"

Lai lai lai lai, lem lem lem lai lai lai

Onda Choc, versão portuguesa da música "Tous les garçons et les filles" da Françoise Hardy. Quando me deu a Pancada, cantava isto feita estúpida, mas só quando estava sozinha porque a minha mãe não estava para levar com os meus achaques de teenager com o pito aos saltos.

Agora, sabe-se lá porquê, lembrei-me do Bezidróglio. Não havia um concurso qualquer que tinha este "coisinho" e metia-se lá as respostas ou vinham de lá as perguntas ou lá o que era?! (Ai filhinha, tás tás)

Acho que vou à procura dos meus comprimidos...Zi pills?! Verre árre zi pillz?!

Escolhas

Não há um único dia em que eu não chegue a esta empresa e pense: mas porque é que eu não segui Medicina ou não fui para Investigação, como eu pretendia em miúda?! Queria ser médica ou cientista, segui Economia!!! Má escolha! Má escolha! Eh!

P.S. O desabafo acima descrito nunca poderia ser realizado uma vez que a queixosa não era doida o suficiente para ser cientista e era extremamente esquisita com cheiros, pelo que também nunca poderia dar uma boa médica.

quinta-feira, maio 25, 2006

E na hora de brincar...

...eu entretinha-me muito com as minhas bonecas Barriguitas e com os meus Pin Y Pon. Aquilo é que era brincar na escada do prédio ou na varanda da casa dos meus pais, com a Patrícia, a Liliana, a Sandra e minha prima Paula que costumava passar alguns fins de semana comigo.







Barriguitas agora, só se fôr após uma feijoada ou um cozido, eh eh eh.

terça-feira, maio 23, 2006

Karateca

Desde que descobri as maravilhas do Voleibol (aos 12 anos) que comecei a gostar de desporto. Escrevo isto porque até lá, fui sempre moçoila de boas notas (gaba-te) excepto a Educação Física, de onde colhia, como fruto da minha dedicação à cultura do corpinho, uma bela de uma nota negativa. Entretanto, quando confrontada com a área a escolher para o 10º ano, tive de mudar de liceu e fui para uma escola onde não existiam actividades físicas, uma vez que a mesma não tinha condições para isso. Bem, no clube recreativo da minha rua haviam alguns desportos, bem ok, eram só 2: karaté e ginástica de manutenção. Optei pelo karaté porque não estava para levar com as velhotas a arfar por causa de meia dúzia de abdominais e porque também iria ter a possibilidade de, com a prática, poder sovar putos ranhosos até me cansar.

Pratiquei karaté durante 4 anos. Cheguei a cinturão azul (para quem tenha curiosidade, a modalidade era o Shotokai). Adorei aqueles 4 anos. Tenho muitas saudades! Mesmo muitas! Mas eu não tinha vocação para aquilo! Não queria gritar nas Katas (creio que é assim que se escreve) porque parecia mal. Estava sempre a levar no totiço, porque o meu Mestre insistia que eu tinha de deixar as manias à porta. Nos alongamentos, ou quando fazíamos Komité, não queria ficar com alguns dos meus colegas porque cheiravam mal dos pés e eu não estava para suportar pés chulipentos nos meus ricos ombros. Coloquei alcunhas a todos. O primeiro a quem coloquei alcunha foi ao Peidorreiro: nos saltos de coelho o moço peidava-se que nem um balão sem baraço. Nas aulas quase sempre era escolhida pelo meu Mestre para as demonstrações. Isto porque além de ter um excelente abdominal, estava sempre na galhofa. Assim ficava logo sossegada.

Adorava os estágios. O estágio da Aroeira foi o melhor. Lembro-me como se fosse hoje, principalmente da areia a pesar-me nas baínhas do kimono, às 06 da manhã, a correr à beira-mar. Mas era tudo muito divertido. E um ambiente que não se encontra facilmente. Aliás, não se encontra! Bem, não vou alongar-me mais. Já dei aquele suspiro do "aaaahhhh saudade". Fico-me por aqui. Por aqui.

quinta-feira, maio 18, 2006

Veia poética

És irreverente
E irreverentemente te admiro
Não te amo, mas suspiro
Ao ver-te caminhar graciosamente
Queres saber quem sou
E porque te prefiro?
Questiona toda a gente!

Tinha 17 anos quando escrevi este poema, na altura anónimo, para entregar a um colega da minha turma por quem eu suspirava até que as narinas ficassem coladas ao septo nasal. Durante anos e anos escrevi poemas e pequenas histórias. Todas com destino a paixonetas, pancadas e amores platónicos. Todas. Relativamente a este poema, e como estava a acabar o 12º ano, optei por contar ao destinatário do dito, que tinha sido eu a autora. Não tinha nada a perder (pensava eu). Nunca mais iria vê-lo. A resposta dele perante a minha revelação:

- Ah, foste tu? Bem, que me caia já um c***ão se não foi o poema mais giro que recebi.

Depois desta afirmação (um c***ão?! um c***ão?!), perdi a vontade de escrever. Lisboa perdeu mais um trovador(a), cof cof...é que uma afirmação destas tira a "pica" toda a uma moçoila, carambas! Eh!

quarta-feira, maio 17, 2006

Bully victim

Sabe-se lá porquê, mas na escola, fui sempre alvo do pessoal "manganão". Durante as aulas, eram todos meus amigos, mas a necessidade falava mais alto e se algum deles precisava de dinheiro ou de material escolar, eu revela-me uma presa fácil! Os episódios de abuso do mais fraco (neste caso, eu) nem têm conta. No entanto, destacam-se aqueles que recordo com mais detalhe:

I. Na preparatória. Caminhava eu alegremente pelo recreio da escola, pronta para comer a minha sandocha de bife de perú que a minha avó havia preparado e arrematar-lhe com uma banana ainda verde (gosto da fruta azeda, para que conste). De repente, um manganão trava-me o percurso:
- A tua carteira!! Já!!!
- Mas, mas eu preciso da carteira. Tem os meus documentos e 5 escudos para ligar ao meu pai....
- Dá-me a carteira ou roubo-te o lanche.
Bem, escusado será dizer que optei por dar-lhe o meu lanche. Mas não todo. Tanto regateei que consegui ficar com a banana. E depois do ladrão se pirar, comecei a chorar e a dizer que tinha fome. As minhas colegas pagaram-me um bolo. Mas fiquei sempre com a sandes de perú no meu pensamento.

II. Liceu. Fui jogar ao "sobe e desce" a dinheiro com mais 4 colegas meus! Lerpei-os a todos! Eram 5 escudos o ponto. Nunca recebi dinheiro nenhum. Ao primeiro pedido, agarram-me na cabeça enquanto eu, sem sucesso, tentava aceder aos bolsos de um deles. Caramba, só o Galamba, devia-me 850 escudos. Fora os outros (Soeiro, JP e Pedro...se estiverem a ler isto PAGUEM que eu tenho um marido muita grande que vos parte todos). Mas entre levar uma sova deles todos e/ou levar duas sovas por teimar em recuperar o dinheiro, optei pela primeira.

III. Faculdade. Eles precisavam de trocos para o café. Eu não queria ser sempre a mesma a financiar o pequeno prazer dos meninos. Passaram a virar-me do avesso e a sacudir-me para ver se tinha moedas nos bolsos. Foi nessa altura que comecei a gostar mais de saias, lisas, bem simples. E foi quando comprei uma carteirinha para os trocos.

Todavia estes factos, esta malta dava-se muito bem comigo...sick people.

sexta-feira, maio 12, 2006

Lá na terrinha

Creio já ter referido em posts anteriores que era hábito passar as férias de Verão em S. Pedro do Sul e/ou em Seia. O episódio que vou descrever passou-se em S. Pedro do Sul e toda a gente sabe que no Verão, a "santa terrinha" rebenta com festarolas aos Santos, com os mordomos a pedir para a festa do ano seguinte. Pois bem, numa destas festarolas, andava eu com a minha prima a apreciar as vistas. Tinha 15 anos e ela, 16. E andava por lá um moçoilo todo jeitoso e todo interessado...NA MINHA PRIMA! Adiante.

Lá fomos nós para o bailarico (larico larico, eu vou pá festarola, tarola, tarola...não resisti, sorry) e o moçoilo finca os olhos na minha prima e, mal me descuido, já estavam os dois a bailar. E eu ali. Entretanto aparece-me um outro moçoilo, com um ar até bastante saudável e tal, e puxa-me para a pista de macadame. E eu tudo bem! Pézinho para ali, pézinho para aqui, e o moçoilo não dizia nada. Bem, eu achei que devia meter conversa, sempre queria saber o nome do rapazote. Ao menos o nome. E lá atirei:

- Estamos para aqui a dançar e eu nem sequer sei o teu nome. Como te chamas?

- Fernaundo e bócê?

Perante aquela pronúncia maravilhosa, respondi:

- Eu? Eu vou sentar-me porque doem-me muito os pés de tanto dançar. Até uma dia!

Entre um tipo com uma pronúncia tão fincada e outro com dentes podres, prefiro o das calças amarelas :S

quinta-feira, maio 11, 2006

Mancadas ou distracções?

12º ano, final do ano lectivo, volto-me para um colega meu:

- António magoaste-te no pé?!

- Camélia, eu SOU coxo!!!



Na infância, férias de verão:

Mãe: Camélia, dá um beijo à tia!

Eu: Oh mãe não quero!

Tia: Deixem estar a "piquena", pronto.

Mãe: a mãe não te avisa mais vez nenhuma!! Dá um beijinho à tia!

Eu: oh mãe a tia cheira mal da boca e tens os dentes todos podres!!!

Mãe: Vou chamar o teu pai p/te dar uma galheta!

Eu: Mas mãe tu lá em casa é que disseste que a tia cheirava mal....

sexta-feira, maio 05, 2006

Putos Ranhosos

Histórias dos meus tempos passados na Escola Secundária não me faltam! Principalmente histórias do tempo em que frequentava a Escola Secundária Afonso Domingues. Mais uma vez torno a recordar os meus tempos passados neste liceu. E dos putos ranhosos da minha turma! Agora lembrei-me duma das várias fases de estupidez pelas quais estes putos passavam como se de viroses se tratassem: as pastilhas no cabelo! Eram das coisas mais desagradáveis, mais nojentas e MAIS DIFÍCEIS DE REMOVER que existiam! E existe! Tanto as pastilhas, como os cabelos, é só colar (dah)!

Estes putos ranhosos, para não chamar nomes ainda mais impróprios, faziam a coisa com requinte, pois colavam a porcaria da pastilha, já bem mascada e impregnada de saliva de putos borbulhentos, mesmo no cococuruto (expressão utilizada para definir o casco da cabeça, o cimo, o topo...que se lixe, se não está bem escrito, paciência) ao invés de colar a dita numa ponta de cabelo, tornando assim mais fácil a sua remoção. Cheguei a ter espetos de cabelos no topo da cabeça, porque não tinha outra solução senão cortar a mecha inteira! O meu cabelo era uma mistura de Punk com jogador da bola, o chamado Cabelinho à Bate-Chapa ainda hoje muito em voga nas nossas províncias e na comunidade portuguesa dos EUA.

A vida não poderia correr "melhor" para mim, quando após esta fase, lembraram-se de que os sapatos das colegas eram excelentes para encestar. Não tinham o mesmo formato que uma bola de basquete, mas para o efeito serviam perfeitamente. E lá ía eu, com o meu cabelo à bate-chapa, descalça, a correr atrás daqueles bisontes idiotas estúpidos ranhosos pustulentos, para reaver os meus ricos sapatos. Eu, a Marta, a Carla e a Sandra. Saíamos sempre na rifa! Só andavam mais calmos na altura dos testes porque precisavam de alguém que deixasse copiar! Depois lá arranjavam outra coisa para chatear, para lixar o juízo, para fazermos figuras de parvas!

Um dia lixei-os! Era Sexta-Feira de Carnaval! Estavam a conspirar um ataque ao fim do dia, com ovos podres, cuspo, guaches, farinha, sopa e esparguete cozido! Há hora do almoço até se denotava nos olhos deles aquele brilho maquiavélico de quem vai fazer a vida negra a alguém. Aquela cantina parecia um antro de conspiração. E eu a vê-los conspirar. E a rir para eles. E a baldar-me às aulas da parte da tarde. E eles à minha procura no final do dia. E a Marta, a Carla e a Sandra a serem agredidas com todos aqueles ingredientes todos. E eu em casa a rir-me! SUCKERS! Elas e os outrs palhaços que me substimaram. Até hoje. Nunca levei com nenhum ovo! Nunca!!!

Mas já levei com um tomate podre, na Preparatória. Fica para outro post

Momento Rádio Clube Português

Oh, the night is my world
City light painted girl
In the day nothing matters
It's the night time that flatters
In the night, no control
Through the wall something's breaking
Wearing white as you're walking
Down the street of my soul

(You take my self) you take my self control
You got me livin' only for the night
Before the morning comes, the story's told
(You take my self) you take my self control

Another night, another day goes by
I never stop myself to wonder why
You help me to forget to play my role
You take my self, you take my self control

(I) I live among the creatures of the night
I haven't got the will to try and fight
Against a new tomorrow
So I guess I'll just believe it
That tomorrow never comes

A safe flight
(You take myself, you take my self control)
I'm living in the forest of my dream
(You take myself, you take my self control)
I know the night is not as it would seem
(You take myself, you take my self control)
I must believe in something
(You take myself, you take my self control)
So I'll make myself believe it
(You take myself, you take my self control)
That this night will never go

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh)
(Oh-oh-oh, oh-oh-oh)
(Oh-oh-oh)
(oh-oh-oh)
(Oh-oh-oh)
(oh-oh-oh)

Oh, the night is my world
City light painted girl
In the day nothing matters
It's the night time that flatters

(I) I live among the creatures of the night
I haven't got the will to try and fight
Against a new tomorrow
So I guess I'll just believe it
That tomorrow never knows

A safe flight
(You take myself, you take my self control)
I'm living in the forest of my dream
(You take myself, you take my self control)
I know the night is not as it would seem
(You take myself, you take my self control)
I must believe in something

Laura Brannigan – Self Control

Lembram-se? E do clip com o tipo mascarado atrás da moçoila e tal?

quinta-feira, maio 04, 2006

A bela da popa

Actualmente o meu cabelo apresenta um corte bem descontraído, esparvoado, prático! Só preciso de passar com o secador e já está. Finalmente um penteado que condiz com a minha personalidade!! E eu escrevo finalmente, porque durante anos (até entrar na faculdade), o meu cabelo quase se assemelhava ao da Rapunzel (e agora entrava aqui a Daniela a dizer para jogar as minhas tranças de mel), não tão comprido, não tão escorrido (bastante ondulado até). Ora bem, durante esse período que muito provavelmente teve origem no desejo rídiculo de querer ter um tótó igual ao da Sandra da Maria Madalena, digamos que existiu um subperíodo em que além do cabelo comprido, eu também apresentava uma popa no cimo da testa que demorava mais de meia hora a construir.

A popa era um símbolo das adolescentes (parvas) nos finais dos anos 80/início dos anos 90. Mas também havia muita senhora com a horrorosa da popa orgulhosamente armada. No meu caso, a popa só me trouxe problemas:

- Nunca consegui ter uma popa mais alta que a da minha vizinha;

- Ficava com o cabelo tão empastado que até se notavam as partículas do spray e do gel;

- Na maioria das vezes, a popa mais não era do que um pequeno arrebite no cimo da testa;

- A testa estava sempre cheia de borbulhas por causa do spray e gel. Mas era mesmo só a testa porque nunca tive aquelas impopulares crises de acne na adolescência;

- Com aquela popa, parecia que tinha 30 anos. Agora, parece que tenho 15!

Só por isto, fico orgulhosa de andar sempre despenteada!

terça-feira, maio 02, 2006

Criatividade Infantil

Quem diria que um martelo dos bifes consegue transformar-se numa manete de velocidades? E que a tampa do tupperware dá um belo volante? E que proferir PÓ PÓ é quase idêntico ao som de uma buzina? Exacto! Os meus carros na infância eram assim...POTENTES!!

E não havia nada como uma vivenda montada na cozinha da minha avó: um cobertor por cima da mesa, e já está. Eta casinha "mai" acolhedora!!!
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