segunda-feira, dezembro 24, 2007

P**** das Correntes

Cá vai a resposta à corrente de argolas pesadas que a Mipo Josefina dos Santos Maionés me lançou baseada nisto: "diga uma coisa que gostasse muito de receber como presente de Natal, e três que não quisesse receber de maneira nenhuma. Podem ser coisas reais ou imaginárias: a criatividade é que conta. Depois passe o desafio aos habituais cinco blogs."

Ora pois bem, gostava muito de receber QUALIDADE DE VIDA!!!

Vão de retro: peúgas brancas, malta que gosta de se meter na vida dos outros e songas-mongas.

Ora agora 5 blogs: pode ser a maria das pétalas, a Hell do Varão e o Brattinho. Faltam dois, quem quiser responder, façófavor.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Com este frio...

...apetece-me falar de sacos de água quente e de botijas. Está bem, não é só por causa do frio, mas também por ter ouvido o Markl na Antena 3 (há já alguns dias) a falar sobre as botijas da avó. Aparentemente ninguém conhecia as botijas a que o Markl se referia: de ferro, tipo bomba atómica, envoltas num paninho para não queimar os pés! Mas eu conheço!! Também os meus avós utilizavam essas botijas, envoltas nuns panos que me pareciam directamente retirados das ovelhas, todos lãzudos.

Ferviam a água na chaleira de latão(que ainda existe e ainda assobia), enchiam as botijas que depois colocavam aos pés da cama, no meio dos lençóis de flanela. Durante a noite, para apanharem o menor frio possível, utilizavam os penicos de louça que estavam no armário da mesa de cabeceira, e era vê-los, pela manhã, com as suas chávenas gigantes a caminho da casa-de banho, para despejar os fluídos nocturnos.

Se fossem vivos, ainda procediam assim. Nada de lençóis térmicos, nada de aquecedores no quarto ou de edredons de penas ou mesmo os sacos de água quente (não vão as unhas romper aquilo). E muito menos dormirem muito juntinhos, pois "o teu avô ressona muito", dizia a minha avó paterna, porque a minha avó materna era bem mais radical: mudava de quarto!!

No meu caso, se o esposo ressonar, dou pontapés! Ou encontrões! Ou só aviso...depende da quantidade de horas em que estou a tentar dormir :)

sexta-feira, novembro 23, 2007

Para o meu filho...quando crescer

Tudo o que te poderei dizer está resumido aqui:

"When you try your best but you don't succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you can't sleep
Stuck in reverse.

When the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
"Just what your worth"

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Tears stream, down on your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face and I...


Tears stream, down on your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face and I...


Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you."

A mãe vai estar sempre aqui :)

quarta-feira, novembro 07, 2007

sexta-feira, novembro 02, 2007

Reunião de pais

Como o tempo passa, como o tempo passa! Fui convocada para uma reunião de pais na creche do meu filho que tem apenas 5 meses. A reunião demorou cerca de 2h30m para apresentação da equipa e "palestra" sobre o meio envolvente das crianças. Durante aquele tempo verifiquei que 90% dos encarregados de educação eram senhoras. Deviam estar presente cerca de 4 homens no meio daquele mulherame todo.

Ora se bem me recordo na altura em que estudava, pois ao contrário do meu filho, eu estive com os meus avós até entrar para a primária (outro sinal de que os avós de agora trabalham até mais tarde ou moram longe, e por isso lá vai a criançada para os depósitos infantis), o meu pai é que era o encarregado de educação. E isto acontecia com a maioria dos meus colegas: era o pai e não a mãe, como constato agora, quem atendia à reunião de pais. E até percebo porquê: ao existirem queixas do director de turma sobre o comportamento do filho(a), ainda por cima expostas à frente dos outros encarregados de educação, o pai tratava de aviar uns bons berlaites no educando assim que chegasse a casa. Seguidamente, o educando, com as nalgas vermelhas dos açoites e das traulitadas aviadas sem dó nem piedade, corre em pranto para a mãe, com as candeias a iluminar-lhe as narinas em busca de mimo e conforto. Aliás, muitas das vezes ficávamos a aguardar no recreio que a reunião terminasse e as traulitadas começavam logo ali. Um calduço a caminho do carro servia de aviso para o comenzal de berlaitas que levaríamos aquando chegássemos a casa. E assim era no meu tempo, com a maioria dos meus colegas.

Hoje a figura do pai é muito mais permissiva e as mães é que tomam a figura de domadoras. Mas as mães têm coração de manteiga (algumas) e dei por mim a assistir a comentários deste tipo:

- Nem sei que fazer! A minha filha está na fase das mordidelas e já tenho as pernas mordidas, numa lástima mesmo. Por muito que lhe faça ver, ela não muda!! - Mãe Chorosa

- Eu gostava de saber porque é que o meu filho, numa semana, apareceu todo mordido. Todos os dias leva uma dentada. E ele não morde! Não morde porque eu já lhe expliquei que isso não se faz!! (Mãe indignada)

- Olhem que isso de avisar os filhos tem muito que se lhe diga. Eu farto-me de avisar a minha e....(atende o tlm)....(desliga)...olhem vou ter de sair porque a minha filha (com 1 ano) acabou de abrir o lábio à irmã com uma colher de pau! (Mãe orgulhosa)

E eu só pensava: meu Deus...os filhos são isto?! Oh tempo volta p/trás! (Mãe apavorada)

Fischer Z - So Long

At last!!!! Uma das minhas músicas favoritas!! At last!

Um grande bem haja ao Youtube!

segunda-feira, outubro 29, 2007

Frank Pourcel - Concorde

Finalmente encontrei a música que me fazia chorar baba e ranho e tremelicar de pavor, de cada vez que o meu pai se lembrava de ouvir isto na sua Pioneer (era muito vaidoso com a dita aparelhagem). Pensem o que quiserem, mas eu tinha medo, muito medo. Passados 26 anos, esta música ainda me arrepia, mas pronto, já não choro :S

domingo, outubro 21, 2007

Coisas que escrevia

Tornei a folhear os meus diários, encontrei isto:

"Quem dera a mim
Ai quem me dera
Ser fresca como a Primavera
Portar o odor do jasmim
Ser singela como as bétulas
Sensível como uma rosa
Uma rosa bem espinhosa
(pois preciso ter defesas)
E formar-me em poesia
E na inocência pura
Na beleza, na alegria
Camufladas por magia
Na mais perfeita armadura
Queria ser inteligente
E partilhar-me com a glória
Pois com falhas de memória
Deambulo amargamente
Queria ser, ser e ser
Um verbo bem conjugado
Falarem-me no Presente
Num Imperfeito Passado
Só que é o futuro que conta
E só vejo escuridão
Sei que ainda não estou pronta
Nem está pronto o coração"


Quinta-Feira, 12 de Novembro de 1992

Devia ter sofrido uma desilusão amorosa qualquer. Hoje parece-me bem actual se ilustrar o que sinto quando ouço falar no orçamento do Estado.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Dilema do burrié

Frequentava ainda o 1º ano de faculdade, quando, numa aula de Direito Económico me deparo com um dilema terrível: tinha o meu nariz entupido por um burrié grande e seco. E aquilo incomodava-me. Incomodava-me tanto que até deixei de prestar atenção à aula e concentrei-me na forma airosa de extrair o macacóide, sem que ninguém desse conta.

Encostei o dedo ao exterior da narina, fazendo pressão em círculos para soltar o empata narinas, afim de poder assoar-me e assim libertar-me daquele incómodo. Finalmente consigo o feito e quando me viro para tirar os lenços de papel da mala, ouço o meu colega:

- Olhaaa, caíu-te uma "cena" do nariz....(e o macacão ali escarrapachado no meu caderno).

De facto caíu...CAÍU-ME TUDO!!!!!

quinta-feira, setembro 20, 2007

Sapatos novos

Na escola primária e mesmo já no liceu, quando alguém aparecia com sapatos novos, a malta tinha o costume de pisá-los. Cheguei a casa tantas vezes com os ténis acabadinhos de estrear a aparentarem, pelo menos, um século de idade!!!

Neste fim de semana, ao tentar a façanha nos novos sapatos "vela" de um amigo meu, limitei-me apenas a ouvir:

- Experimenta e levas uma berlaita p/tromba adentro!!!

E eu não experimentei!

quinta-feira, junho 21, 2007

O Parto!

A pedido de muitas famílias, bem, a pedido da minha família...ok, a pedido do meu primo Quintoino, cumpre-me descrever o meu dia de parto. Faz hoje precisamente um mês e neste momento o meu petiz dorme no meu quarto (finalmente adormeceu!!!).

O parto teve de ser induzido porque o meu filho não estava a ganhar peso (causa: mamã stressada), pelo que não merecia a pena aguardar que entrasse em trabalho de parto naturalmente. Nasceu ao fim de 39 semanas. Ora pois bem, no dia 21 de Maio, às 09h00, estava eu e o meu esposo na MAC (Maternidade Alfredo da Costa) a aguardar pela minha obstetra. Lá chegou e após me ter feito o malfadado toque (é horrível, horrível) mandou-me para o CTG, o aparelho que mede as contracções e as batidas do coração do bébé. Também no CTG estava uma moçoila de 17 anos que depois ficou na cama ao lado da minha. Entretanto lá aparece novamente a minha médica e encaminha-me para as enfermeiras para que eu fosse "preparada" para o parto.

A "preparação" consistia na depilação, ainda que em pequena quantidade, da porta de saída da criança e em dois microgel para que não houvessem surpresas aquando a expulsão do bébé. Vestiram-me uma camisa de dormir com abertura à frente, género Demis Roussos e deram-me um penso megasize que me pediram para segurar entre pernas. E eu tudo bem. Não haviam chinelos disponíveis, pelo que tive de andar com os meus sapatos até que o meu esposo me trouxesse a trouxa. Linda figuraça. Após certificar-me de que ficara com as tripas bem limpas, lá fui eu para um quarto onde me iriam induzir o parto. Soro e 25 mg de oxitocina (acho que é isto, chamavam-lhe PO) directamente nas veias e ligada, mais uma vez, ao CTG. Mandaram o meu marido embora porque ainda ía demorar até que pudesse assistir ao parto. Deviam ser umas 11h00.

Estava eu já com umas piquenas mas suportáveis contracções, quando aparecem umas velhotas de bata amarela, todas supé bem. Eram voluntárias e faziam companhia às parturientes. Entre uma conversa aqui e outra acolá com cada velhota que aparecia, lá vinha uma enfermeira enfiar a mão na porta para ver quantos dedos de dilatação eu tinha. Por volta das 14h00 aparece a minha médica:

- Camélia, vou aumentar-lhe a dose de PO para 50 mg de forma a que chegue aos 3 dedos de dilatação para lhe ser administrada a epidural.
- Tudo bem, Dra.

Assim que me aumenta a dose, as dores aumentaram também. E eu já a dizer mal da minha vida. Minutos depois, aparece um médico alto e gordo (que horas mais tarde vim a saber que era o chefe da minha médica), com uma trupe de estagiárias atrás e toca de enfiar a mão na minha porta:

- Ainda não rebentaram as águas desta senhora!! Vou já tratar disso!

E antes de sair para ir buscar o instrumento que iria rebentar-me as águas, aumenta-me a dose de PO para 75 mg. Julguei que morria!! Disse logo:

- Dr., Dr., a minha médica ainda agora aumentou a dose para 50 mg!!!!

O tal Dr. nem quis saber. Saíu porta fora desembestado, com a enfermeira no encalce para alertá-lo sobre a dose. Ninguém aparecia e as dores aumentaram de tal forma que eu já nem via nada à minha frente. Fiquei a saber que a minha linguagem não se altera só quando conduzo. Em trabalho de parto o meu vernáculo também sobressai (mas sempre entredentes, claro, não ía dar nenhum show). Ninguém aparecia e as p**** das dores não cessavam. Pensei que me partia ao meio. Completamente passada, olho para o tubo do PO e vejo o doseador. Nem pestanejei, reduzi aquilo novamente para os 50. Só pensei "vão mas é fazer dores ao ca*****"! A enfermeira entretanto regressou e reparou que a dose estava outra vez nos 50:

- Ah, já cá vieram reduzir-lhe isto!

- Sim, sim, já cá vieram e tal :P

5 minutos depois e rebentam-me as águas. Chamei logo a enfermeira antes que o médico bruto aparecesse.

- Olhe, eu acho que me rebentaram as águas (pudera, com aquela dose de PO, mais uns minutos e eu explodia).

Chamam as anestesistas. Pedem-me que assine um termo de responsabilidade. Eu assinava tudo. Só queria que me tirassem aquelas dores. Ouvi n vezes que tinha a coluna torta. Estiveram tempos para me darem a epidural pois tinham de acertar no "sítio". E as contracções a aumentarem.

Lá me deram a epidural. Doeu um bocado. Minutos depois não se passava nada comigo e lá continuei na palheta com as velhotas. Por volta das 16h00 aparece outra enfermeira. Olha para o CTG e depois para a minha cama:

- Já mal se consegue apanhar o batimento cardíaco do bébé e você tá cheia de sangue - e toca de meter-me a mão na porta - você já está com 10 dedos de dilatação!! Está em trabalho de parto!!!

- Ai estou?! - e as velhotas todas histéricas a bater palmas e a darem-me os parabéns

Chamam o meu marido. Digo à enfermeira:

- Sra. enfermeira estou a começar a sentir umas dores...

- Ah isso é o efeito da epidural a passar

- Mas vão dar-me um reforço, não vão?!

- Agora já não minha querida, senão você não sabe fazer força.

- Tou f***** (dito entredentes).

Em segundos passei da descontracção para a contracção agonizante. Mesmo assim ainda discuti com o meu esposo porque ele queria assistir mas eu pensava que o estava a fazer porque ele pensava que eu queria, mas eu não queria obrígá-lo, por mim tudo bem, mas afinal ele queria assistir mesmo, não era só para me fazer a vontade e eu depois já nem lhe disse mais nada porque as dores não deixavam.

Aparece a minha médica. E mais 6 médicos e médicas. E mais 3 enfermeiras. E as velhotas que não saíam de lá. E o meu marido com vontade de aviar socos às velhotas. Pediam para fazer força como se estivesse a fazer cócó. E para eu descontrair. Para não me enervar (e eu fo**-se! Com dores destas querem o quê??). Não fui histérica, mas confesso que "gani" um bocado. São dores horríveis. Nunca olhei. Estive sempre com os olhos fechados enquanto fazia força. De repente a minha médica pede que o meu marido saia pois tinham de fazer um parto assistido, ou seja, o meu puto teve de sair com ventosa. Ainda senti cortarem-me. Não vi logo a cara do meu filho. Só vi minutos mais tarde quando o meu marido apareceu com ele ao colo. Estava com os olhos bem abertos! Eu já estava a ser cosida, segundo a médica "um autêntico bordado de bilros" quando o vi. Primeiro pensamento:

- Ai filho, ca feio que tu és. Credo!

Mas não é feio. É lindoooooo. E rabugento! E chorão! E lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo. E faz-me a vida negra. Mas é tão lindooooo!

Resta acresentar que fiquei duas semanas sem conseguir sentar-me, a não ser numa almofada daquelas com um buraco no meio, pois o puto não estava encaixado e nasceu com a mão à frente da cara. Fui toda cortadinha para que ele pudesse sair. Ainda dizem que a maternidade é linda....:S

quinta-feira, junho 14, 2007

Por causa das manias!!

Desde os 9 anos que uso óculos e sempre detestei, embora as armações actuais sejam bem mais atraentes que as de outrora. Adiante. Assim que tive oportunidade, ou seja, assim que comecei a trabalhar, com a tenra idade de 17 anos (fora os "biscates" e trabalhos de férias desde os 13), tratei logo de adquirir um par de lentes de contacto. Custaram 40 contos, literalmente os olhos da cara, e duraram pouco tempo pois passava a vida a perdê-las e não podia dar-me ao luxo de dar 20 contos por uma lente nova.

Foi então que decidi usar os óculos apenas no trabalho e na faculdade, mas só nas aulas. Achava que ficava bem mais jeitosa sem os óculos...nem comento!

Com um grau de astigmatismo bastante acentuado, sem os óculos, as pessoas ao longe pareciam-me desfocadas e pensava distingui-las por determinadas particularidades, como o andar, o cabelo...tanta vez na faculdade que acenei a pessoal que não conhecia de lado nenhum, tanta vez!

E foi na faculdade que tive um episódio bem caricato graças à porcaria da mania de andar sem os óculos. Tirei a licenciatura à noite e saía sempre entre as 23h30 e as 00h00 e quando não tinha boleia dos meus colegas, apanhava o autocarro. Numa dessas vezes em que aguardava o dito - sem óculos -, o meu Professor de Estatística (Prof. Balacó um grande bem haja) ofereceu-me boleia:

- Camélia, já é tão tarde, eu deixo-a em casa. Onde mora?
- Oh Professor não é necessário, muito obrigada. Já aí vem o autocarro (e aponto para cima onde a caminho vinha o transporte)
- Camélia, por favor, deixe-se disso. Não há qualquer problema. Eu deixo-a em casa!
- Oh Professor, por amor de Deus, então se o autocarro já aí vem....

O Professor afastou-se um pouco ofendido. Só percebi porquê quando o autocarro chegou: ERA O CAMIÃO DO LIXO!!!!!!

Resta dizer que no dia seguinte fui imediatamente justificar o sucedido :S

quarta-feira, maio 16, 2007

Veia Poética

Sempre gostei de poesia. Na escola primária, aquando as redacções, perguntava sempre se podiam ser em verso. Achava graça ao rimar e procurava as palavras mais estranhas e sem sentido para o fazer. Depois aprendi que afinal a poesia não era só rimar. Maravilha! Assim escusava-me de inventar versos incoerentes.

A adolescência não tardou e qualquer paixoneta que nutrisse, serviu sempre de "musa inspiradora". E aos 12 anos, apaixonei-me por aquele que me faria escrever prosas e poemas que lhe dedicava em sofrimento. Achava poético sofrer de amor. Adorava (e continuo a gostar, mas não da mesma forma) Florbela Espanca. E Sofia de Mello Breyner, pela sua paixão pelo mar.

Bom, no ano seguinte, dois dias antes do dia de S. Valentim, resolvi escrever um poema e enviá-lo ao moço atrás referido. Assinei com um "Y", pois na altura ele conduzia um Y10. Ele soube sempre que fui eu, mas gajas com curvas e enooormes seios (e da idade dele) eram bem mais interessantes. Aqui fica o dito:

Queria definir-te....não sei como
Talvez como um céu
negro e nublado com nuvens prontas a descarregar
Mas não pareces tu...
Ou talvez, depois da chuva te defina
como um céu azul, calmo e límpido, suave e terno
Mas não pareces tu...
Tu és mais que um céu azul, pleno de suavidade e ternura
És mais quente que o Sol e mais vago que o Universo
Não és Deus, mas és quase a sua perfeição
És mais doce que um fruto do pomar
És mais que um sopro de vento que faz ondular cabelos
És...
Queria definir-te...
Mas não sei como....

domingo, maio 06, 2007

"Querido Diário" - Excertos

Haviam de ser enxertos, mas enfim. Ora aqui vão alguns dos primeiros:

"Sábado, 12/10/1985

Querido Diário, ontem já fui à escola. A professora parece ser boa, mas é a de Estudos Sociais (e?????) e ela também já deu o envelope das regras (regras em escolas de Marvila? Yeah right!) e os horários. Se tu não te importas, eu vou colar a Madonna na folha do lado (credo). Tudo está bem para mim (ainda bem miúda) e já vou para a escola Segunda-Feira (calegria).

Adeus Diário"

"Quarta-Feira, 22/01/1986

Querido Diário, hoje aconteceram-me uma data de coisas (ca maravilha). A minha professora de ginástica mandou-me saltar de trampolim, foi tão bom!! (Se fossem cambalhotas queria ver-te a levantar esse traseiro oh croma da ginástica)Depois foi na aulda de Inglês, fiquei junto dos rapazes nas secretárias, que horror (not). Eu queria contar-te um segredo mas tenho medo que te leiam.

Adeus Diário"

Ora bem, obviamente que não achei um horror ficar ao pé dos rapazes. Mas era tão grande o medo que a minha mãe pudesse ler o diário, que eu optei por manifestar desinteresse pelo sexo oposto. Tinha 10 anos! Aparentemente é agora mais natural ter namorados com esta idade, mas naquela altura ou namorava às escondidas, OU NAMORAVA ÀS ESCONDIDAS! Mas sempre havia todo aquele ritual dos papelinhos com o "gostas de mim, sim ou não?", os corações talhados nas secretárias com inscrições no interior, as borrachas besuntadas com o nome do puto ranhoso e por aí fora. Sim, de alguma forma, tudo isto me parece bem mais divertido que os processos actuais de "enamoramento".

E ainda bem que me aconteceram "uma data de coisas". Se uma data de coisas significava saltar de trampolim (eu tive sempre negativa a Educação Física) e sentar-me ao pé de rapazes...Jasus!!!!

domingo, abril 29, 2007

YEEEIIII

Depois de muito procurar, no meio de pó e caixas de papelão, lá encontrei os meus registos adolescentes, que é como quem diz, os meus diários. Sim, sim, tal como Adrian Mole, esse teenager borbulhento eternamente enamorado pela Pandora, também eu registei toda a minha adolescência em diário, ainda que não fosse diariamente como se subentende neste género de "registos".

O meu primeiro diário foi-me oferecido no meu 10º aniversário. Com a chamada "tesão do mijo", descrevi o dia em questão e até detalhei as prendas que me ofereceram: um dossiêr da Pantera e transcrevo "muito à Pank", dois estojos, lápis, canetas e "etc" (devo ter adorado este último presente...). Depois só tornei a escrever 8 dias mais tarde!

Agora, para estar entretida enquanto aguardo a "chegada" do meu filho, vou lendo, escolhendo e sobretudo relembrando com pormenor, os vários episódios da minha adolescência, os poemas, os testezitos de compatibilidade com o sexo oposto através da contagem de vogais dos apelidos de ambos ou somente a "rapar" malmequeres", os dossiers e estojos escritos com nomes de bandas ou de actores de filmes teenagers, as dedicatórias, os recortes da Bravo, e sobretudo AS CRISES PARVAS ENTRE OS 13 E OS 15 ANOS, para colocar aqui.

Então com licença que vou dedicar-me à triagem :)

sábado, abril 07, 2007

E não é que...

...no novo anúncio dos Hipermercados Continente, onde recitam a "Casa Portuguesa", aparece logo no início, o Fujaco, essa bela localidade, com a Ti Maria sentadinha mesmo na frente da casa dos meus avós, no Pagalhão?! Ah pois é. Aquela casita em lousa com uma porta de quarto a servir de entrada, é pertença dos meus avós paternos. E posso também adiantar-vos que já desci aquelas escadas de rojos, terminando a breve viagem com as pernas, traseiro e mãos cobertos de cócós de cabra, esses famosos excrementos em forma de conguitos e/ou azeitonas que enfeitam e perfumam os carreiros fujaquences.

Boa Páscoa!

quinta-feira, março 22, 2007

O Gaixobêta

Bem sei que o nome é estranho, mas eu explico porquê:

O Gaixobêta era o engenhocas lá do Fujaco, essa bela povoação situada nos vales da Serra da Arada em S. Pedro do Sul, onde eu em petiz passava as minhas férias de Verão, conforme já referi em posts anteriores.

Desconheço qual o verdadeiro nome do Sr. Esta alcunha - Gaixobêta - estava relacionado com a forma como falava. Gaixobêta queria dizer "raios te sobertam". E ele dizia:

- Ai gais to xobêtam!!!

E a malta para abreviar, colocou-lhe o Gaixobêta.

Ora bem, eu apenas queria relatar aqui um episódio com este senhor como protagonista, no tempo em que o Fujaco era ainda mais bucólico que actualmente. Não havia electricidade, as estradas de acesso não passavam de meros caminhos de terra batida onde só passava um carro (era melhor um jipe), havia apenas um telefone na povoação e duas televisões alimentadas com baterias. Ainda me recordo de levar as garrafas de vinho e de sumo para a fonte afim de mergulhá-las para refrescar, já que a água da serra corria gelada por ali, mesmo nos dias mais quentes de Verão. Há noite, tinha os candeeiros a azeite e o Petromax para a hora do jantar pois sempre fornecia uma luz mais forte.

O meu pai entretanto enviou uma carta e fotografias do Fujaco para a RTP a alertar para esta situação. No ano seguinte iniciaram-se os trabalhos para a instalação da electricidade e o alargamento dos caminhos que anos depois originaram estradas devidamente alcatroadas. É aqui que se verifica o episódio que pretendo relatar.

O Gaixobêta, homem dos 7 ofícios, estava na altura a "encabeçar" a instalação da electricidade, mais precisamente, a trepar os postes para fazer a ligação dos fios.

Eu estava a chegar de Lisboa com os meus avós e os meus pais. O meu avô tratou logo de cumprimentá-lo:
- Eh lá Gaixobêta! Então como vais homem? Tu é que andas de volta dos postes?

E o Gaixobêta, cumprimentou o meu avô efusivamente, abrindo os braços:
- Eh Ti Bernardinooooooo - e como tinha aberto ambos os braços, estatelou-se no meio do chão.

Basicamente, partiu-se todo. Basicamente, comi nas trombas porque toda a gente estava aflita com o estado do senhor e eu não conseguia parar de rir e apontar p/desgraçado do homem. Minutos depois o Gaixobêta gemia com dores, e eu sorvia o ranho e limpava as lágrimas das duas cachaporras que levei no meio dos dentes.

Duas semanas depois o meu pai, que vinha no seu carocha, viu o Gaixobêta de braço ao peito e deu-lhe boleia. Além de ter pedido encarecidamente para sair da viatura após 10 minutos de viagem (terra batida, carocha, suspensão inexistente, homem todo partido), o Gaixobêta deslocou uma costela e teve de regressar ao Hospital de S. Pedro do Sul.

Maneiras que era isto que eu queria relatar acerca do Gaixobêta...

segunda-feira, março 12, 2007

David, o pequenitates



Quem não se recorda do fabuloso "David, o Gnomo"? Pois que eu já nem me lembrava do piqueno, não fosse ontem o meu rico marido chamar-me troll. Mas não um troll qualquer. Citando a minha cara metade:




- Pareces mesmo aquele Troll dos gnomos que cobiçava a árvore da vida!!!




Ou seja, ontem a minha aparência devia ser esta ...



Todavia, só tenho a agradecer-lhe o facto de recordar-me tais desenhos, até porque tirando o horrendo troll, os gnomos eram bem fofos e davam beijinhos à esquimó (que é o que o meu marido irá levar doravante por ter atirado semelhante comentário). Recordo-me de como achava graça às suas casinhas dentro das árvores, mobiladas em estilo rústico e sempre muito asseadinhas :P

sexta-feira, março 02, 2007

E agora algo completamente nojento

Na escola primária, descobrimos que esfregar uma caneta nas calças ou noutra peça de roupa, com vigor extremo, após ter cuspido para a mesma (a caneta), tinha como resultado um fedor horrível!! E também dava para "agarrar" pontinhas de papel...foi nessa altura que me dei conta da electricidade estática :P

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

E porque não comentei nada em Fevereiro

Queria apenas partilhar algumas das inúmeras fantasias que usei na infância e na adolescência aquando as festividades carnavalescas. Isto porque, lá na minha rua, havia sempre bailarico com direito a enterro do bacalhau e tudo. A saber:

- Enfermeira - tinha 6 anos, e nesse Carnaval "ardia" em febre. Nada mais irónico;

- Bébé - 7 anos. Dois tótós, uma chucha e o bibe do infantário. Hoje penso porque diabo um bébé tem dois tótós;

- Palhaço - 8 anos. Devo salientar que foi das poucas fantasias/máscaras que me "assentavam que nem uma luva" (claro);

- Cigana - 9 anos. Fiquei horrorosa! Nunca tive pinta de lela. As ciganas têm um ar selvagem. Eu parecia um anjinho com cabelos crespos;

- Beiças pintadas - 10 anos. Pintei as beiçolas e fui p/rua atirar balões de água e farinha. Mas atenção: o batom era rosa shock :P ;

- Velho/Idoso - 11 anos. Como o rapaz que eu gostava na altura - o Rui, mais conhecido pelo 5 tostões - andava mascarado de velha, eu fui p/casa vestir a roupa do meu pai e encher o cabelo de pó de talco para fazer par com ele. Não fiz par. Fiz figura de ursa;

- Adolescente com o pito aos saltos - 12 aos 15 anos, sem interrupções por causa da porcaria da paixão platónica por aquele a quem já dediquei o post da "Pancada". Não me mascarei, apenas ía p/os bailes para observá-lo ao longe e quiçá, conseguir dançar um slow com ele. Nunca aconteceu (claro);

Entretanto deixaram de fazer bailes lá na rua e eu também deixei de ligar ao Carnaval, ou melhor, fui obrigada a ignorar esta festividade já que ninguém do meu grupo de amigos achava graça a fazer figuras parvas durante alguns dias, até que "encontrei" aquele que hoje partilha a vida comigo: o meu esposo.

Embora não houvesse traje a rigor, comemorávamos sempre o Carnaval. Entretanto, quando fomos a Nova Iorque (já casados) pela altura do Halloween, trouxemos umas fantasias baris: bruxa das teias de aranha e Hannibal Lecter. No Carnaval seguinte, eu fui de bruxa, ele de prostituta. A máscara do aníbal ficou em casa por parecer-nos demasiado simplória :D. No ano seguinte, fomos fieis às máscaras em questão e só este ano, dado o tamanho da minha pança (podia mascarar-me de microondas ou de kinder, mas pronto), cessámos os festejos.

A ver o que faremos no ano que vem....

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Carochas e Pães de Forma

Tinha eu os meus 9 anos quando o meu pai resolveu comprar um carro. E optou por um carocha de 1966, bege e de estofos bordeaux, que o meu avô, o seu pai, tinha à venda pela módica quantia de 50 contos. Duas semanas mais tarde, o meu pai apareceu com o carro modificado (nada a ver com tunning): em vez de bege, era côr de mel!Lindo!

Ninguém podia vestir cores claras se fosse fazer viagens naquele carro. Quando acelerava, entrava todo o tipo de poeira por baixo. Uma viagem de 3 horas, naquele carro, durava o dobro. De vez em quando caía o pára-choques ou colava a buzina, mas o meu pai dizia: pode ser velhinho, mas tem cá um motor!! Chegou a providenciar-nos verdadeiros momentos de suspense quando ficou apeado em plena linha do comboio e não queria pegar. E o sinal sonoro a gritar desalmadamente. E o comboio a avistar-se no horizonte. Mas lá pegou! E assim foi durando o nosso carocha e nós, apesar de ser apenas um carro, afeiçoámo-nos à “viatura do povo”.

O meu pai costumava ir buscar-me ao liceu às Sextas-Feiras que era o dia em que saía mais tarde quando frequentava o 7º ano. Também era nessa altura que dava a novela D. Santa. Se se recordam a D. Santa era uma viúva italiana, emigrada no Brasil e que ganhava a vida como taxista....NUM CAROCHA! Pois que nada me fazia mais feliz (NOT) do que abalar com o meu pai no carocha e levar uma comitiva de colegas meus, putos ranhosos, a correrem atrás do carro, batendo palmas e cantando:

“Oh Santa, Dona Santa
Como alegre é seu jeito
Na rua, em casa, na igreja
Que mulher sem defeito...”

Aquilo mexia cá com os nervos de uma maneira!!! Estavam nas tintas para o meu pai (que se fartava de rir com a situação, achava graça aos miúdos). Corriam atrás do carro a cantar e pronto!! Agora imaginem a festa que foi quando os meus avós me foram buscar numa “pão de forma”!!! Perguntaram logo se a minha família tinha quota na Volkswagen. Ainda por cima os estofos da carrinha tinham as molas soltas o que implicava uma viagem inteira sempre a “dizer que sim”. Excepto quando a estrada tinha buracos maiores que os habituais. Aí eram mesmo cabeçadas constantes no tejadilho. Também era perfeita para dar boleia à malta lá da terra depois de um dia de feira. Viajar com galinhas, coelhos, couves e com malta que só se lava aos Domingos e têm os dentes como o teclado dum piano (3 brancas e uma preta)!!!

Mesmo assim. TENHO SAUDADES!!!

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Yazoo - Dont Go

Toca a abanar a pandeireta!!!! Ai que saudades dos bailes lá da minha rua...ai saudade!!

Já agora, por acaso a moçoila não é a Allison Moyet (tá bem escrito) e o rapazote, o dos Erasure, ou dos Pet Shop Boys?! Conheço esta malta de algum lado....

sexta-feira, janeiro 12, 2007

A Pancada III

Hoje recebi a notícia de que o Canina foi pai de uma menina. Somos ambos da mesma idade (ou como dizem os meus pais, da minha criação) e nos meus verdes 10 anos nutria uma paixão ranhosa por ele. Dávamo-nos muito bem como amigos, mas nada mais. Entretanto fomos ambos para a mesma escola preparatória. Ele era o típico aluno atleta, com negativas ou notas pouco satisfatórias a todas as disciplinas à excepção de Educação Física, e eu era a típica naba, com negativa a esta última e notas excelentes a tudo o resto. Convinha sempre ter uma tipa como eu por amiga. Para os trabalhos de casa, testes...bom, no caso do Canina, os testes não se incluíam porque não éramos da mesma turma. Mas o Canina era muito concorrido lá na escola. Muitas namoradas aqui e ali. E eu a observar de longe.

Ao final de cada dia de aulas, no autocarro, o Canina começava a falar das namoradas:
- Ah, a “não sei quantas” hoje foi lá para trás comigo para uns xoxos e tal...

(Antes de prosseguir com este texto, quero só manifestar a minha profunda aversão pela palavra xoxo (tira toda e qualquer magia ao que eu penso do beijo) e que o “lá para trás” era o sítio proibido da escola. Este e a mata. "Lá para trás" estava o pessoal a curtir e a malta que fumava. Na mata estava o pessoal que...estava o pessoal tipo a minha colega Cristina que apareceu na aula de Português sem soutien e, sabe-se lá porquê, partilhou comigo, não só a ausência da referida peça, como também os detalhes de como a perdeu.)

Adiante

E eu, completamente lixada com as histórias dos xoxos, dos linguados e dos apalpões, só sabia vangloriar-me daquilo que eu fazia melhor: estudar.

- Ah, sabes quanto é que eu tive a Inglês? 100%!! E o stôr de Matemática hoje até me elogiou (mas que croma Camélia Vanessa) e fui 5 vezes ao quadro porque os meus colegas não sabiam resolver os problemas e coiso.

E com isto, o Canina passava-me a mão pelos cabelos e dizia, em jeito de ternura:
- Sabes que sempre foste um craniozinho, não sabes?

E eu ficava toda contente com isto. Feliz da vida como se tivesse ganho a lotaria!!

Num belo Sábado, enquanto andava de skate com ele, enchi-me de coragem e “declarei-me”. O Canina ficou, na altura, sem qualquer capacidade para responder-me. Fomos para casa e passei o Domingo em pulgas pois queria saber o que iria dizer-me. Na Segunda-Feira, à porta da escola, o Canina diz-me:
- Olha, estive a pensar no que me disseste e quero fazer-te a seguinte proposta: não gosto de ti para namorar, mas podes dar-me um beijo na boca todos os dias como se fosses cumprimentar-me.

Perante isto, comecei a cumprimentá-lo com “quartos d’hora” (vulgo calduço no pescoçame) e comecei a gostar do Hugo da minha turma!

“Só se cura a mordida de um cão, com o pêlo de outro”.

Em jeito de final, anos mais tarde o Canina veio a desenvolver uma paixão assolapada por mim, mas sem sucesso. A amizade, essa, manteve-se sempre. Portanto Canina, os meus parabéns e muitas felicidades para ti, esposa e bébé!!!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Kaoma - Lambada

Ora aqui está um ritmo que nunca consegui dançar. Aquele balancear constante do "anquedo" dava a impressão que iria desengonçar-me a qualquer momento. Todavia, a moda da saia lambona pegou, não para mim claro, e vi muita moçoila a lambar por aí fora, principalmente no liceu. Recordemos!

terça-feira, janeiro 09, 2007

Anedotas "à pala" de...

...Samora Machel, o primeiro presidente de Moçambique. O Sr. em questão era o alvo preferido da malta no que a piadas e anedotas dizia respeito. Depois eram os alentejanos. Recordo-me de piadas como:

- Porque é que o Samora Machel fez a casa redonda?
- Para não fazer xixi nos cantos

- Porque é que o Samora Machel está sempre a sorrir quando há trovoada?
- Porque pensa que estão a tirar fotografias

- Porque é que o Samora Machel come o chocolate com luvas brancas?
- Para não comer os dedos

E por aí fora...



Faleceu em 1986 e a partir daí, como é óbvio, deixaram de existir anedotas associadas ao nome dele e passaram a referir-se aos negros. Mantiveram-se as dos alentejanos.

Por mim, podiam inundar-me com piadas sobre brasileiros e antes que venham arremessar-me com comentários impiedosos, lembro que os tugas, na figura do "Sr. Manuel" são o alvo favorito dos brasileiros para anedotas. Assim como os polacos e os judeus para os americanos...and so on, and so on
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