quarta-feira, abril 26, 2006

Panama Jack

Se a moda regressar, compro outro par destas botas. Assim escuso de fazer figuras tristes como as que fiz na semana passada na Serra da Estrela. Mas quem me manda ir para a neve com botas de salto alto, hein? Nem sei como é que não parti uma perna ou duas. Fiquei com o nalguedo todo vermelho, ou melhor, todo queimado do frio. O saco de plástico rasgou e lá fui eu rampa abaixo (já devem ter percebido que as rampas exercem grande atracção sobre mim) só com a bela calça de ganga a roçar naquele gelo (sim, neve já quase não havia). Quando tentei levantar-me, espalhei-me outra vez. Olha que linda. Lembrei-me logo que há alguns anos atrás tinha feito semelhante figura e que um casal que por ali passava prontificou-se de imediato para emprestar o trenó. Mas eu sempre gostei muito dos sacos de duas asas. A malta senta-se sobre o saco, segura nas asas, inclina-se ligeiramente para trás e IPIKAIEI MÃE DA FOCA!! Radical mesmo!

segunda-feira, abril 17, 2006

Sim, eu sei...

Ontem, como todos nós tivemos oportunidade de verificar, foi dia de Páscoa. E aqui para os meus lados significa DIA EM FAMÍLIA!! Lá estive eu com os meus pais e os meus avós paternos, a comer a tarte de banana da minha mãe, como se não houvesse amanhã (e a comer daquela maneira, não existiu mesmo amanhã, mas para a tarte). Ora pois bem, a minha avó, achando que havia ali falta de diálogo já que estava tudo especado a olhar para a televisão, começa a contar histórias da minha infância "ai filha tu estavas sempre a fazer rir a avó" e "eras tão fofinha e tão amiguinha, mas também eras tão chata". E a coisa começou aqui: pois que eu tinha um triciclo vermelho com os puxadores azuis e devia ter uns 4-5 anos, não mais que isso pois ainda não estava na primária. E gostava de ir para a rampa (bairro que é bairro tem uma rampa). Era o meu avô paterno quem me acompanhava. Fazia-me as vontadinhas todas. E uma delas era puxar-me com uma corda quando regressava pela rampa, porque aquilo era a subir e a menina não estava para pedalar. Então o pobre do meu avô vinha por ali acima, com os bofes de fora, a puxar o triciclo com a neta em cima sem fazer o mais pequeno esforço. A única forma de se queixar era "pois é menina, a descer todos os santos ajudam, agora a subir tem de ser aqui o avô". Yep, pois é. Um Sábado, o meu pai foi comigo para a rampa para eu andar de triciclo. Escusado será dizer que mesmo com o berreiro que fiz, mesmo dizendo que não podia das pernas, o meu pai fez-me pedalar rampa acima. Não satisfeita e porque sempre fui muito contrariadora, subi a rampa, mas com o triciclo às costas (acreditem que o esforço foi menor).

Sei que contou mais histórias, mas eu desliguei completamente. Já as conheço todas. A minha avó só não conta as histórias em que a deixei envergonhada, como uma vez numa clínica, ainda com 4 anos, comecei por meter conversa com uma das pacientes a dizer que tinha ido ao casamento dos meus pais. E já a minha avó estava "cala-te Camélia" e eu continuava a conversa. Entretanto a senhora pergunta-me "então conta lá minha querida, como foste tu ao casamento". E eu, sempre uma boquinha santa "ENTÃO, FUI NOS CO****S DO MEU PAI". A minha avó ía morrendo do coração e a senhora, quase a sucumbir de um ataque de rubor disse-me "olha minha querida, és muito pequenina para tanta sabedoria" e depois deitou um olhar condenador à minha avó, levantou-se e foi sentar-se noutro lugar. E eu, tudo bem!! Bolas, acho que toda a gente uma vez na vida (sim, comigo foram várias) envergonha os pais e/ou avós, não é? NÃO É?!

quinta-feira, abril 13, 2006

Bloody Correntes

Bem, a pedido ou melhor, ORDEM, da Flôr aqui vai a lista dos meus pânicos:

- Morte! Sim tenho um pânico de morte da Morte! Chamem-me 30 nomes, mas tenho medo. Faz-me aflição estar aqui agora e depois não estar. Deixar de sentir, de ver de respirar, saber à partida que me vou tornar em nada. Aflige-me mesmo. Até me causa ansiedade;

- Escuro! Sim, tenho pânico do escuro, até encontrar um interruptor, vou sempre de olhos fechados e a falar ou a cantar. Por causa disso, já bati de frente contra a porta dum armário aberto;

- Bairros manhosos! Casal Ventoso, Vale da Amoreira, Sítio do Pica-Pau, Cambodja, Zona J: MEDO!

- Areia movediça: porque o mais provável é morrer se cair numa poça destas e como tenho medo da morte...

- África: recuso-me a visitar qualquer país deste continente porque morro de medo das moscas, dos mosquitos, dos animais selvagens (sim, são bonitos, mas cada um no seu meio natural);

- Brasil: Pânico semelhante ao que sinto relativamente aos bairros manhosos. E não me venham cá com a conversa dos locais paradisíacos. Para mim o Paraíso é aquele lugar que cheio de nuvens e anjinhos gorduchos que nunca ninguém viu.

- E por último, mas não menos importante: gente de má índole. Este se calhar até é capaz de ser o meu maior medo. Entro em pânico com gente assim enquanto tento descobrir como lidar com isso. Assim que descubro, pronto, o pânico ausenta-se de vez.

Chega ou queres mais oh "Felôre"? Ah é verdade...também tenho pânico de trovoadas! Xiça!

Parvoíces

10 anos de idade. Domingo depois do almoço. Casa da Patrícia que morava um piso abaixo do meu. Programa Vivámúsica com o "Final Countdown" dos Europe no Top. Ecrã da tv todo babado porque cada vez que o vocalista do dito grupo aparecia, lá ía um beijo nosso.



Este procedimento, além de angariar micróbios alheios, era, como é óbvio, completamente idiota. Parvo mesmo. E aleatório também. Começou por ser apenas para dar beijos a tipos jeitosos (sim, eu achava o vocalista dos Europe o máximo, sei lá), mas aquilo tinha de ser abardinado. Então lá íam beijos no ecrã com os olhos fechados e depois é que verificávamos quem tinha sido contemplado. Calhava cá com cada mitra. O objectivo era mesmo partir o côco a rir.

Porra, eu era mesmo parva. E a Patrícia então...ui!

quarta-feira, abril 12, 2006

Agora que penso nisto...

...mas porque raio é que eu queria deixar crescer o cabelo para fazer um rabo de cavalo de lado de forma a que ficasse o mais parecida possível com a Sandra? Sim a Sandra, aquela que cantava que não queria ser a Maria Madalena! Eh!

terça-feira, abril 11, 2006

13 anos

Os 13 anos são a idade da estupidez. Escrevo por mim e pelos meus amigos e colegas da altura. Mas que parvos. Lembro-me do corredor dos apalpões! Um bando de putos ranhosos roubavam-nos as mochilas com um único propósito: para reavê-las seria necessário percorrer um longo corredor de parvalhões borbulhentos a espumar e salivar por uns valentes apalpões nos traseiros das colegas. Traseiros e não só. Mas eu já nem vou por aí. O meu método era correr que nem uma doida e esbracejar o máximo que podia. Assim evitava ser tocada. Mas aquele método revelou-se ineficaz. Se esbracejava, apalpavam-me o rabo. Se levava as mãos ao rabo, apalpavam-me à frente. Aquilo era do pior. Resolvi dizer que se me tocassem eu peidava-me toda! Resultou. E ainda hoje utilizo este método p/ameaçar quem tentar tal feito.

Entretanto também tinham o hábito de baixar as calças e fazer das cuecas fio dental, para depois cantarem a música do genérico da série Shaka Zulu. Era um espectáculo digno de não assistir. Fora as vezes em que me chamavam para dizer-me qualquer coisa e afinal era para pregarem-me uma valente rasteira: enquanto um colega falava comigo, vinha outro em grande velocidade e zucas, chão! Um dia empurraram-me pela escada abaixo, agarrei-me a uma colega minha e só parámos quando batemos na parede. Fartei-me de rir (yeah, não sou normal), logo após ter rogado 30 pragas ao Hugo e ao Ricardo. Esses demónios! Atenção, todas as raparigas da minha turma passaram por isto!!

Fora isto, também existia o arremesso de lenços de papel mastigados, a graxa no corrimão e o escarro na fronha se por acaso alguém se lembrava de olhar para cima, enquanto subia as escadas. Desconheço se a Escola Secundária Afonso Domingues ainda mantém este espírito...mas confesso que foi a melhor escola que frequentei, eh eh eh.

Só uma nota: uma vez, nos balneários, viram o o meu traseiro enquanto eu ía p/o banho e pensaram que era o peito duma outra colega. Suckers!

sexta-feira, abril 07, 2006

E as linhas? Alguém se lembra das linhas?!

Versão paleolítica das actuais salas de chat e do messenger, as "linhas" eram...errrr...linhas! Trocando por míudos, eram nrs de telefone desactivados pela PT e que permitiam falar à borla com uma série de pessoal. Esta moda pegou tinha eu uns 15-16 anos. Ligava para um nr qualquer e depois perguntava aos que já lá estavam em amena conversa, se podia entrar. Os nrs eram trocados no liceu. Quem entrava tinha um nick qualquer. Quando comecei entrei como Crepita (aqueles cereais redondos com um buraco no meio). Ninguém queria falar com uma Crepita. Devia dar aquela impressão que era tótó ou gorda ou dentuça. Adiante. Foi então que tive uma ideia brilhante: o meu nick seria (txan xan xan) BENETTON!! E pegou!!

Assim que liguei o nr, perguntei "posso entrar?". E o pessoal dizia "quem és tu?". E eu "sou a Benetton". ENTÃO ENTRA!!! Foi a loucura. Os tipos queriam todos falar comigo. Eu tinha o ego lá no topo. Mas não estava satisfeita. A minha personalidade obrigava-me a "abardinar" a cena. Era tudo muito certinho. Muita betada à mistura. Muita Uniform, Amarras, Mustang e EL Charro fashion. E eu nunca tive feitio para "femme fatale". Lembrei-me de criar um alter ego. Para falar com os gajos toda armada em boa, era a Benetton. Para gozar com a fronha do pessoal, era a Bidúrsa do Casal Ventoso (toda a minha simpatia e respeito aos moradores dessa bela localidade). Enfim, tudo isto para relatar o episódio seguinte que nunca mais esqueci por ser tão parvo:

Eu: Posso entrar?
Voz: Quem és tu?
Eu: Bidúrsa do Casal Ventoso. E tu?
Voz: Freddi Mercury
2ª Voz: E eu sou o Morto-Vivo
Eu: Livra que isto aqui é só gente morta!
Freddie: Deixa lá que Bidúrsa é um rico nome...

Desliguei e fiquei meia hora a rir.

Nestum com Mel

Aos anos que não como este petisco dos deuses. Sim! Adoro Nestum e Cerelac, mas por uma questão de controlo intestinal (aquilo prende a tripa comó caraças) optei por evitar lambuzar-me (e sim também engorda). Mas para mim o Nestum com mel tinha de estar espesso. Muito espesso. Tipo betão. Até que a colher ficasse espetada na vertical. Só assim me sabia bem. Até um dia. O meu pai é que costumava levar-me ao colégio e era ele quem me preparava este petisco lácteo. Frequentava eu a 1ª classe e num desses dias, aquilo não me deve ter feito lá muito bem. Cheguei à aula, sentei-me ao lado de uma das gémeas (a minha mãe chamava-lhes cagalhotas porque elas tiveram sempre a mesma altura até ao final da primária e anos depois, continuavam cagalhotas) e disse: olá Carla e depois vomitei-lhe o dossier e o vestido de lã. Nestum puro! "Botava" cá um fedor a azedo...errr...pois, só tenho saudades do Nestum em si, o vomitar está fora de questão. Se calhar o meu vómito foi a causa que travou o crescimento das gémeas. Mas também só acertei numa. Bem, pois, se calhar aquilo é genético, pois.
Bem, depois o meu avô foi buscar-me, já que não estava em condições para a escola, e passei o dia a torradinhas, chá e televisão, excepto à hora do almoço porque a minha avó queria ouvir os Parodiantes de Lisboa.

Bem, era só p/partilhar isto. Inté.

quinta-feira, abril 06, 2006

Chapi Chapo

Lembram-se?



Eram tão fofinhooooooos!

"Chapi chapo, biribô
Chapo chapi, biribi
siripipi, ahbahdah
abaaaaaahhh"

Yep, tou a inventar outra vez

Shortcuts

Sempre gostei muito de atalhos. Penso sempre que tempo é dinheiro pelo que nunca convém perder muito. Desde miúda que sou assim. Mesmo no trânsito, passo a vida a engendrar rotas que evitem o estanque na porcaria da estrada. O pior é que por norma (deve ser karma), cada vez que tento um atalho, lixo-me. Quase sempre. E pelos vistos, os exemplos que vivi em miúda não me serviram de lição. Ora vejam:

- Uma vez com os meus primos, para encurtar caminho para a casa da minha avó, optei por atravessar o relvado em vez de seguir pelo "carreirinho". Resultado: caí numa saída de esgoto a céu aberto e sim, tinha merda até ao pescoço. Foram precisos 5 banhos para livrar-me do cheiro;

- Uma outra vez deu-me para atirar pedras aos carros que passavam (sim, era parva todos os dias) e esqueci-me que alguém poderia parar para dar-me uma lição. E foi o que aconteceu. Um senhor menos paciente parou o carro e veio atrás de mim. Optei por fugir por um caminho que conhecia....e caí dentro dum poço. A minha sorte foi a saia rodada que vestia, pois permitiu que ficasse a flutuar no dito poço (isto foi em Seia, para que saibam);

- Ainda uma outra vez, em S. Pedro do Sul, optei por subir um pinhal com chinelos de piscina. No regresso, em vez de prosseguir pelo caminho trilhado, optei por descer o monte a pique, que por acaso estava cheio de caruma seca e cinzas (tinha havido um incêndio na semana anterior). Resultado: vim literalmente aos trambolhões pelo monte abaixo, já que cada vez que tentava levantar-me, os chinelos escorregavam e lá ía eu outra vez. Cheguei à minha avó completamente preta da cinza, com os calções rotos no rabo porque como já não conseguia levantar-me, achei melhor vir de rojos.

E tenhos mais histórias destas assim. Todas porque quis "cortar caminho". Mesmo assim não aprendi. Acho sempre que "desta vez é que é". O que vale é que actualmente os atalhos são feitos comigo dentro do carro, senão...

quarta-feira, abril 05, 2006

J'aime j'aime la vie

Sandra Kim, Festival da Eurovisão...eu só sabia a primeira parte do refrão, o resto inventava.



"J'aime j'aime la vie, lem lem lem lem lem lem
J'aime j'aime lá vie, lem lem lem pout pourri
j'aime j'aime lá vie, eu não sou de cá
comme si et comme ça-a
J'aime j'aime la vie, pi!"

Era mais ou menos assim :-P

terça-feira, abril 04, 2006

Raios!

Estou com uma crise de urticária daquelas! Não páro de coçar-me! Nem o Lactacyd alivia. A última vez que tive uma crise destas, tinha 13 anos. E foi por ter devorado uma embalagem de rissóis de camarão!!!

Mas agora já não sou lambona. Isto deve ter sido por causa da porcaria do passeio à beira-rio ali para os lados do Gaio-Rosário. Caramba! Eu nem sequer me descalcei. Estou literalmente comichosa. Bolas!

segunda-feira, abril 03, 2006

BD's II

LOOOOOOOOOOOOOOOOOL, partia-me toda a ler Mortadelo e Salaminho

Estalinhos

Eu gostava de comer isto com a boca aberta só para ouvir os estalos, eh eh eh.

BD's



AAAHHH, devo-lhe toda a minha preguiça ;)

Moda nos anos 80

Comprar roupa muita fixe nos Porfírios. Mini-saias com remendos, collants coloridos, camiseiros muita loucos, saias de ganga com bicos, soquete com folho por cima do collant, calças verde-água e outras cores fora do comum, jardineira-calção, calças de ganga elásticas com risca branca de lado, t-shirt com rede em cima à fanã, fato de macaco com manga cava e cinto, cai-cai (eu nem peito tinha p/aquilo) e as minhas SANDÁLIAS COLIBRI!!! Ecco! Este era o meu guarda-roupa da altura (do que me recordo)! Xiça! Tudo porque era "cool" vestir roupa dos Porfírios. Era uma gaja toda p/frentex e mai não sei quê. Ah pois!

P.S. Depois devo ter batido com a cabeça num sítio bem duro porque comecei a vestir a roupa da minha mãe para ter um ar mais senhoril. E comecei a "usar" a bela da popa. Parecia aquelas mulheres casadoiras lá da xanxa! Só me faltava o buço e as rosetas. Blargh!

Por falar em castigos...

...afinal fui castigada uma vez. Quando concluí a 1ª classe. Mas fui castigada por ser preguiçosa. Andei os 3 meses de férias de Verão a adiar os trabalhos de casa. A minha mãe chamava-me à atenção e eu dizia-lhe sempre que estava cansada, ou que fazia no dia seguinte. Cheguei a dar como desculpa a dor nos braços que trazia, por carregar o meu bébé chorão (aquele boneco careca que esteve muito na moda 82/83). E a minha mãe tudo bem. O meu pai também estava na boa. Pensava eu. Na véspera de início das aulas eu tinha os trabalhos todos por fazer. Os meus pais obrigaram-me a ficar acordada toda a noite até completar as tarefas todas, enquanto eles dormiam serenamente. Serviu de lição. Nunca mais deixei as coisas p/última da hora. Agora faço sempre tudo na ante-véspera ;)

Cheiros

Por acaso os cheiros não vos trazem recordações? A mim, trazem! Este cheiro a Primavera averanada lembram-me os Sábados: de manhã nas limpezas com a minha mãe ao som de Boney M, Blondie, Roxy Music e Rod Stewart providenciado pela aparelhagem Pioneer que além do gira discos, tinha (e tem) leitor de cassetes de cartão ou cartucho. Sei lá! São daquelas cassetes enooormes que dá p/pular as músicas e tal. Aquilo para mim era o máximo! Adorava o Sábado, excepto a hora d'almoço: era sempre peixe cozido. Blargh! Aliás, o Carlos Ribeiro, na altura apresentador do Jornalinho, faz-me lembrar peixe cozido, exactamente porque almoçava à hora do dito programa. Depois à tarde ía até à rua brincar com a malta. Lembro-me de vir sozinha p/rua e depois andar a tocar às campaínhas das minhas amigas e amigos "a Patrícia pode vir brincar p/rua?" ou, "o Nini não pode vir hoje?". Eu era sempre aquela que podia vir brincar sem problemas. Como era muito aplicada na escola, os meus pais acabavam por compensar-me dessa forma. Nunca fui castigada por ter tido más notas, porque isso nunca aconteceu (gaba-te cesto). Depois de jantar, às vezes o meu pai tinha ataques de boa vontade e leváva-nos até à "outra banda": a Costa de Caparica. E lá andava eu pela Rua dos Pescadores a encher a pança de gelados da Olá (os reclames da Olá na altura anunciavam o Verão, não é como agora em que há gelados todo o ano).
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